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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

EPTV Campinas - Registros de jovens envolvidos com tráfico crescem 7,6% em Campinas

 

Delegacia de Infância e Juventude soma 127 casos de janeiro a agosto.
Drogas mais consumidas pelos jovens são maconha, crack e cocaína.


O número de ocorrências por tráfico de drogas envolvendo crianças e adolescentes em Campinas (SP) cresceu 7,6% nos primeiros oito meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2011, segundo balanço da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). A Delegacia de Infância e Juventude (Diju) registrou 127 casos neste ano, contra 118 no ano passado.

Segundo a Polícia Civil, as drogas mais consumidas pelos jovens são maconha, crack e cocaína. O delegado da Diju, Carlos Simionato, explica que as ações para coibir o crime são realizadas com frequência em locais próximos às escolas, mas admite dificuldades. "A Polícia Militar e a Guarda Municipal fazem um trabalho incansável. Os locais são numerosos, distantes e obviamente o usuário, convivendo ali diariamente, ele percebe quando há ronda escolar, que a coisa fica mais frágil", diz o delegado. No município, os registros por tráfico de drogas, de todos os tipos, cresceram 15% em Campinas - passou de 669 para 773 prisões ou apreensões.

Para Simionato, as famílias devem atuar de forma mais vigilante para auxiliar no combate ao crime. "Nós precisaríamos fazer um trabalho preventivo em todos os níveis sociais, mas principalmente focado na família. É preciso tomar conta dos seus filhos, saber o que ele está fazendo, onde está arrumando dinheiro e repreender", aponta o delegado.

Danos e prevenção

 A psiquiatra Débora Christina Ribas D'Ávila alerta sobre o risco de comprometimento do aprendizado das crianças e adolescentes, caso um dos alunos do grupo faça uso de entorpecentes.

"Isso começa a banalizar o uso de drogas, pois as crianças que estão em sala de aula, e não fizeram uso ainda, começam a perceber que alguns colegas entram alterados para assistir a aula. Essa mudança tira desses colegas a angústia, preocupação, medo de não se sentir incluído no grupo", explica a médica.

Outro lado

 O Conselho Tutelar diz que desenvolve programas de prevenção às drogas. A Secretaria de Educação afirma ter solicitado reforço da PM e orientado a Diretoria Regional de Ensino para que a escola estadual citada na reportagem intensifique as ações de conscientização.

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