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domingo, 31 de janeiro de 2010

ALCOOLISMO E ESTRESSE

Estudo associa hormônio do estresse ao alcoolismo

O fator liberador de corticotropina – um dos principais hormônios associados ao estresse – pode ser a chave para a dependência do álcool, segundo estudo do Instituto de Pesquisas Scripps, nos Estados Unidos.

Publicados na revista médica Biological Psychiatry, os resultados mostraram que o hormônio – localizado no hipotálamo, na glândula pituitária e nas amígdalas, esta última associada à ansiedade e ao consumo excessivo de álcool – pode estar associado ao desenvolvimento e a manutenção da dependência do álcool em modelos animais. Os pesquisadores também descobriram que o bloqueio químico do fator liberador de corticotropina em ratos poderia, em longo prazo, aliviar os sinais e sintomas de dependência química, além de provocar a redução do consumo de álcool.

Os especialistas destacam que o estudo representa um importante passo no entendimento de como o cérebro muda quando se move de um estado normal para o de dependência de álcool. Segundo a pesquisadora Marisa Roberto, líder da pesquisa, o estudo explora o “lado negro” do vício do álcool – “pessoas sendo compelidas a beber não por ser prazeroso, mas porque a bebida alivia a ansiedade gerada pela abstinência e pelos efeitos estressantes da privação”.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

REINO UNIDO PRETENDE REDUZIR CONSUMO DE ÁLCOOL

O Governo britânico propôs proibir as ofertas irresponsáveis de bebidas alcoólicas do tipo "três por duas" ou "all you can drink" (tudo o que puder beber) e obrigar a identificação ao comprar ou consumir álcool para comprovar que não são menores de idade.

Se o Parlamento der sinal verde ao projeto, a norma entrará em vigor em abril na Inglaterra e no País de Gales, o que fará com que os responsáveis de bares ou lojas que a descumprirem receberão uma multa de 20 mil libras (22,5 mil euros) ou seis meses de prisão, informou nesta terça-feira a rede "BBC".

Também serão proibidos os jogos como "a cadeira do dentista", que consiste em despejar o conteúdo de uma garrafa pela garganta do cliente, assim como as competições de quem bebe mais rápido e o fornecimento gratuito de bebida alcoólica para mulheres.

Além disso, a partir de setembro, os pubs terão a obrigação de oferecer quantidades menores nas consumações de vinho, cerveja e outras bebidas alcoólicas.

A proposta se destina também aos supermercados, que já não poderão vender álcool abaixo de seu custo e deverão ter uma licença mais rígida.

O Governo defende a medida porque, segundo argumenta, o abuso de álcool provoca 40 mil mortes por ano na Inglaterra e no País de Gales, o que causa gastos anuais de 55 bilhões de libras (mais de 61 bilhões de euros).

Além disso, o Executivo britânico ressalta que as desordens e os crimes relacionados ao álcool geram uma despesa de 8 bilhões a 13 bilhões de libras (de 9 bilhões a 14,82 bilhões de euros).

A British Beer and Pub Association, associação que representa o setor cervejeiro e os pubs, acha que a medida é desproporcional, pois é mais exigente com os bares quando as maiores vendas de álcool provêm dos supermercados (70% do total).

A associação defende que seus membros sempre pedem um documento de identificação aos clientes, o que significa que um milhão de pessoas ficam sem beber nos bares a cada mês porque não o portam.

CERVEJA COLOMBIANA MAIS CARA

COLÔMBIA ELEVA IMPOSTO SOBRE CERVEJA PARA FINANCIAR SAÚDE
BOGOTÁ, 22 JAN (ANSA) - O governo colombiano anunciou o aumento dos impostos cobrados sobre a comercialização de cerveja, licores, cigarro e jogos de azar.

O objetivo da medida é sanar parte do déficit fiscal que atinge o setor da saúde, avaliado em cerca de US$ 250 milhões.

Desta forma, a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para a cerveja subirá para 14% no dia 1º de fevereiro e irá a 16% a partir de 2011.

A comercialização da bebida já era submetida a uma série de outros tributos, que correspondiam até então a 50% de seu preço final.

Para os jogos de azar, a cobrança será de 16%. Em relação ao cigarro, o IVA será de US$ 3,25 para uma embalagem de 20 unidades.

MODELOS DE SAÚDE OU DE DOENÇA?

Quando se imaginava que a morte por inanição de duas ou três modelos brasileiras iria restabelecer o primado de mulheres minimamente saudáveis nas passarelas, as semanas de moda em São Paulo e no Rio voltaram a apresentar o costumeiro desfile de "grotesqueries", a ponto de alguns na plateia se perguntarem se esta ou aquela menina não estaria doente. A resposta é: "Claro que está".

Se a média de idade das atuais modelos for de 20 anos, significa que elas tinham menos de 15 quando trocaram suas quatro refeições diárias por uma dieta de água, café e cigarros para ficar no peso ideal para estilistas e agências. Considerando-se que ainda estavam em fase de crescimento quando aderiram a esse ritual macabro, não admira que seu índice de massa corporal, avaliado pela Folha, seja igual ao de uma criança.

Há muito me convenci de que o sonho dos criadores de moda era ter como modelo o zumbi Cesare, interpretado por Conrad Veidt, no filme de Robert Wiene, "O Gabinete do Dr. Caligari", de 1920. Ele era magérrimo, tinha cabelos pretos escorridos e úmidos, grandes olheiras, beiços de batom escuro e usava uma malha preta inteiriça que lhe realçava os braços e pernas de graveto. A diferença para com as modelos de hoje é que Cesare se vestia melhor.

E essa é a contradição. Talvez eu não frequente os ambientes certos, mas não vejo as "criações" exibidas na passarela se transferirem para as ruas. Nem poderiam. Como imaginar que roupas criadas para menores de 50 kg se adaptem às mulheres da vida real, cujo dia a dia se compõe de cachorro quente, batata frita e torta de brigadeiro?

Ou talvez o mundo da moda seja apenas uma outra forma de teatro, em que -ao contrário deste, que retrata a vida- as pessoas se vistam a caráter para morrer.

CRAQUE OU CRACK DO FUTEBOL?

O atacante Jobson, que jogou o último Campeonato Brasileiro pelo Botafogo-RJ, foi suspenso do esporte por dois anos pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após ser flagrado no antidoping. Inicialmente, o exame havia acusado a presença de cocaína na urina do jogador, mas, durante o julgamento, Jobson revelou ser usuário de crack.

Este caso é apenas uma pequena parte de uma questão difícil de mensurar. Fica cada vez mais explícito que as drogas não pertencem a um determinado grupo de pessoas e que seus usuários não apresentam necessariamente as mesmas características. O problema atinge todas as faixas etárias, gêneros e classes sociais.

Governantes, especialistas e sociedade devem estar cientes que, quando se fala de drogas, todo cuidado é pouco e nunca é demais enfatizar que a questão precisa sempre de muita atenção.

NÚMERO DE DOENÇAS MENTAIS CAUSADAS POR DROGAS DOBRA EM 5 ANOS

Em cinco anos, os atendimentos a pessoas com doenças mentais causadas pelo consumo de drogas dobrou em Ribeirão Preto.

As internações por dependência química em leitos psiquiátricos superaram no ano passado as relacionadas a doenças de origem genética e psicossomáticas.

"A maior parte dos pacientes que ocupam esses leitos são usuários de drogas e, muitas vezes, combinadas [uso de dois ou mais tipos de drogas]", afirmou o coordenador de saúde mental da Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, Alexandre Firmo Souza Cruz.

O número de adolescentes em tratamento no centro também aumentou, de 37, em 2004, para 86, em 2009, atingindo pico de 111 em 2008.

Segundo estimativa da secretaria, existem em Ribeirão pelo menos 30 associações de recuperação de dependentes de álcool e drogas, a maioria ligada a igrejas e entidades filantrópicas, que ajudam a absorver a demanda pública.