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domingo, 31 de março de 2013

CASAGRANDE- BIOGRAFIA


Walter Casagrande Júnior , ex-craque do Corinthians, comentarista de futebol da Rede Globo, na bigrafia Casagrande e Seus Demônios (Globo Livros; 248 páginas), descreve os abusos impostos pelo ex-jogador ao seu organismo. A biografia tem como tema central o envolvimento com as drogas.

 O vício começou com o consumo de maconha na adolescência e evoluiu depois para substâncias mais perigosas, quatro overdoses, capotamento, internação por mais de um ano, o fim do casamento de 21 anos com a ex-jogadora de vôlei Mônica Feliciano. Na fase mais pesada, em uma noitada, chegava a cheirar três carreiras de cocaína, aplicava uma dose de heroína na veia e arrematava tudo com um cigarro de maconha e meia garrafa de tequila.  

O livro remete o tempo inteiro à pergunta: como Casão ainda está vivo?

“Eu tinha essa visão de que iria morrer antes dos 30 e me empenhei ao máximo para tornar isso realidade. Tudo o que fiz na minha vida até 2007 foi nessa direção”, confessa. “Graças a Deus não consegui.”

Casão deixou a clínica em outubro de 2008 uma pessoa circunspecta e recolhida. Esse traço persiste até hoje. “Faz cinco anos que deixei a internação e ainda não consegui me desligar do isolamento”, comenta. “Quando volto da rua para casa, fico por lá mesmo.” Ele delimitou uma zona de conforto para suas saídas, que inclui pouquíssimos lugares e amigos. Não namora sério há cinco anos. “Seria muito egoísmo de minha parte, pois ainda não sou uma pessoa bem resolvida”, justifica. Procura estar semanalmente com os filhos e almoça aos domingos com os pais. “Ele adora o meu macarrão com frango, um pouco de costela e batatas, tudo assado na mesma fôrma”, diz dona Zilda. “Mas o almoço do Waltinho é vapt-vupt. Ele come, sai da mesa e vai embora.”

Em seu dia a dia, é permanentemente acompanhado por três psicólogas, que se revezam nos cuidados. Fazem compras no supermercado, vão com ele ao banco e a eventuais reuniões e se encarregam de cada detalhe de sua vida. “Elas são meus anjos da guarda”, define o comentarista. “Até porque esta é a primeira vez na vida que estou morando sozinho.



MEMÓRIAS DO FUNDO DO POÇO

Trechos do livro com algumas das principais confissões e revelações do ex-atacante

OVERDOSE NA PRESENÇA DO FILHO

Furtivamente e com pressa, Casão injetou 1 ml de “speed” (mistura de cocaína e heroína), na veia. Só se esqueceu de um detalhe importante: aquela quantidade equivalia a duas doses. (...) “Quando fechei o zíper, em frente ao espelho, houve uma explosão em meu peito. Explodiu mesmo: bummmm... E eu voei. Saí cerca de 1 metro do solo, bati contra a parede e caí no chão.” (...) Entretido com o computador, Leonardo ouviu o som da queda e tomou um susto. Veio correndo e bateu na porta: “Pai, pai, o que está acontecendo?”

A TENTATIVA DE “FUGIR” DA CLÍNICA DE RECUPERAÇÃO

A resistência ao tratamento durou quatro meses. (...) Em dado momento, resolveu jogar pesado: “Parei de pagar a mensalidade na tentativa de ser mandado embora.” Recusando-se a assinar o cheque, completou dois meses de inadimplência. E foi assim que um dos psicólogos que cuidavam dele o chamou para uma reunião: “Você vai sair daqui, continuar naquele ciclo vicioso e, em breve, regressar para cá? Ou vai se tratar até receber alta e ter uma vida normal lá fora?”

ATUAÇÕES NA EUROPA COM ADITIVOS QUÍMICOS

Lá, pela primeira vez na carreira, e a contragosto, se dopou para melhorar o rendimento. (...) “Em geral, injetavam Pervitin no músculo. De imediato, a pulsação ficava acelerada, o corpo superquente, com alongamento máximo dos músculos. Podia-se levantar totalmente a perna, a gente virava bailarina. Isso realmente melhorava o desempenho, o jogador não desistia de nenhuma bola. Cansaço? Esquece... Se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas.”

LIÇÕES DE VIDA

“Quero alertar sobre o perigo de alguém se tornar dependente, é um terreno pantanoso, sem dúvida. Mas nem todos irão passar, necessariamente, pelos mesmos tormentos que eu vivi. Meu caso é extremo. Usei drogas injetáveis, uma roleta-russa em que nunca se sabe qual será a consequência.”

domingo, 3 de março de 2013

REVISTA VEJA CÉREBRO 6 DE MARÇO DE 2013

Veja, aproveitando o interesse que o funcionamento cerebral e suas deficiências ou eficiência despertam em todos nós, publicou como matéria de capa da edição 2311 de 06/03/2013: CÉREBRO - AS IMAGENS QUE REVELAM A ORIGEM BIOLÓGICA DO PENSAMENTO E DAS EMOÇÕES - E VÃO REVOLUCIONAR O TRATAMENTO DAS DOENÇAS MENTAIS.

A matéria cujo título é "A MENTE AO VIVO E A CORES" fala sobre o provável anúncio do Governo dos EUA de um investimento bilionário para incentivar a pesquisa do "Projeto Conectoma humano" (aos moldes do Projeto Genoma, que até 2003 identificou todos os genes do DNA humano).

Conectoma é o nome dado a um conjunto de ligações entre os neurônios. O termo foi criado por Olaf Sporns da Universidade de Indiana, que acredita que as experiências sensoriais modificam fisicamente certas porções do conectoma. Em algumas situações, as conecxões são fortalecidas e em outras enfraquecidas. Assim o conectoma vai escrevendo e estocando a história de emoções e pensamentos de uma pessoa.

No livro "Connectome", de Sebastian Seung, do MIT, consta que os exercícios são capazes de moldar o conectoma de modo a dar ao cérebro novas habilidades.

Miguel Nicolelis conseguiu transferir o comportamento condicionado de um rato nos EUA para outro no Brasil usando um implante cerebral eletronico.

O projeto Conectoma pode evidenciar o que acreditamos acontecer: as funções do cérebro não residem em áreas específicas do cérebro, mas sim na conexão entre os neurônios.