Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas 2009 apresentado pelo Escritório das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNODC).
O documento, que analisa as tendências de produção, tráfico e consumo de drogas, também aponta um aumento na violência relacionada ao tema.
Apesar de reconhecer a dificuldade de obter dados precisos, o estudo estima que os mercados de opiáceos, cocaína e maconha estão diminuindo, inclusive nas regiões tradicionalmente mais consumidoras - Ásia, Europa e América do Norte, respectivamente.
A queda no uso de entorpecentes tradicionais se viu ofuscado com o aumento no consumo de drogas sintéticas, como o LSD e o ecstasy. O aumento pode estar relacionado a maior lucro na produção de drogas sintéticas, que não necessitam de plantações (podem ser fabricadas em um laboratório de cozinha), a facilidade do tráfico (são facilmente confundidas com medicamentos legalizados) e melhor aceitação pelos jovens que ainda apresentam dificuldades em consumir drogas inaláveis ou injetáveis, por exemplo.
No último ano do qual existem dados, o de 2007, as apreensões deste tipo de entorpecentes somaram 51,6 toneladas, o número mais alto já registrado.
A maconha continua sendo a droga mais consumida, com entre 143 e 190 milhões de consumidores, especialmente na América do Norte e Europa Ocidental, embora recentes estudos apontem que seu uso, especialmente entre os mais jovens, venha caindo.
À parte dos números de consumo, o relatório da ONU insiste na violência e na criminalidade ligada ao mundo das drogas.
No entanto, apesar de reconhecer que a repressão da produção e consumo de drogas criou um mercado negro que gera criminalidade, a UNODC insiste em que, para a instituição a solução ao problema não passa por legalizar os entorpecentes.
Segundo a ONU, os entre 18 e 38 milhões de viciados em drogas que existem em todo o mundo "necessitam de ajuda médica, e não de um castigo penal". Por isso, pediu para que todos os países desenvolvam programas que permitam o acesso generalizado a tratamentos de reabilitação.
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