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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tabagismo

Uma pesquisa liderada pela Universidade Yale (Connecticut, EUA) afirma que o fator psicológico, no combate ao vício do tabaco, tem uma influência maior do que imaginamos.

Tudo se resume, segundo eles, em saber quais áreas do cérebro trabalhar para atingir o objetivo de largar o cigarro.

Os cientistas observaram os cérebros de fumantes a partir de Ressonância Magnética. Enquanto estavam sob o exame, os participantes eram expostos a imagens de cigarro e comida. Quando os pacientes tentavam resistir ao seu objeto de desejo, o cérebro mostrava intensa atividade em certas áreas e parava em outras, ou seja, é possível criar atividades para atacar o problema na raiz.

Já existe, na psicologia, uma técnica cerebral para ajudar os fumantes a combater o vício. Chamada de Terapia Cognitivo-comportamental, ela obtinha relativo sucesso no tratamento dos pacientes, mas com um problema: eles não sabiam qual era a área do cérebro responsável pelas mudanças no vício, apenas combatiam o problema. Agora, a “receita cerebral” para o fim do vício foi descoberta: o Lobo Frontal aumenta a atividade, o Corpo Estriado diminui na mesma proporção, e então o desejo se apaga.

Isso foi descoberto da seguinte maneira: os investigadores apresentaram, a 21 fumantes, imagens de cigarros e alimentos, e orientaram os pacientes a pensar nas consequências negativas de seus vícios em longo prazo, e que fizessem força mental para resistir às suas vontades. A todas as reações, as áreas do cérebro eram mapeadas ao mesmo tempo.

Os fumantes tinham desejo pelo cigarro mais forte do que aos alimentos, mas o trabalho mental que eles fizeram reduziu ambos os desejos na mesma proporção: cerca de um terço. Essa foi a redução mostrada no Corpo Estriado, o setor do cérebro responsável pelos vícios.

O Corpo Estriado, localizado na parte inferior do cérebro, próximo ao tálamo, é um dos núcleos (ou gânglios) da base cerebral, e está conectado com as demais áreas. Ele está relacionado, grosso modo, às reações de “se acostumar” com as coisas, inclusive às coisas ruins, como o vício em cigarro.

Assim que os participantes resistiam com sucesso à tentação do cigarro, aumentava o fluxo sanguíneo e a atividade no Lobo Frontal. Essa área é estimulada em situações de resistência, de negação a algo que o corpo demanda.

O desafio dos psiquiatras, agora, é trabalhar em atividades mentais que facilitem esse caminho para os viciados: ativação do Lobo Frontal combinada à inatividade do Corpo Estriado.

Reino Unido proíbe a exposição de maços de cigarro nas lojas



02 de Outubro de 2011 - Terra Notícias


O Reino Unido redobra seus esforços para reduzir o consumo do tabaco a partir deste sábado proibindo a exposição dos maços de cigarro nas lojas bem como a venda em máquinas automáticas semelhantes às de refrigerante, como é comum no país. Espera-se que a nova medida diminua a taxa de fumantes dos atuais 21,2% da população para 18,5% até 2015.

O governo britânico já havia anunciado em março que iria traçar estratégias de controle ao tabagismo, principalmente para evitar o vício em adolescentes e em grávidas. Na Inglaterra, desde julho de 2007, está proibido fumar em locais públicos fechados e no trabalho, uma lei que foi implantada na Irlanda em março de 2004, na Escócia em março de 2006 e em Gales em abril de 2007.

Para dissuadir o cidadão de fumar, os cigarros e outros produtos relacionados deverão ser recolhidos a partir de sábado das prateleiras das grandes lojas permanecendo apenas atrás dos balcões e, a partir de 2013, também dos quiosques das lojas pequenas.

Serão proibidas também as máquinas automáticas de venda de cigarros, por permitirem o acesso de menores de idade ao fumo. Segundo uma pesquisa divulgada pela BBC, 10% dos fumantes com idades entre 11 e 15 anos compram seus cigarros nas máquinas, frente a 1% dos demais fumantes.

Enquanto na Inglaterra os pubs, clubes, discotecas e restaurantes adeptos a esse tipos de venda serão multados em 2.875 euros, o País de Gales adiou a proibição até fevereiro de 2012. Contudo, o governo galês confirmou seu compromisso com a nova lei, alegando dificuldades logísticas para justificar o atraso na implementação.

Nesta guerra ao consumo tabagista, serão vetadas ainda as exibições de anúncios e imagens desse produto nas máquinas vendedoras de varejo em geral. Tudo para tentar dissuadir o fumante, que gasta atualmente em torno de 8 euros por maço de 20 cigarros, preço que varia de acordo com a região e com o local de venda.

Apesar do elevado custo em comparação aos outros países (na Espanha, por exemplo, o mesmo maço custa 3,5 euros), que se explica pelos impostos, o Reino Unido conta com 10 milhões de fumantes, conforme os dados mais recentes da organização londrina World Cancer Research Fund. Os impostos sobre o tabaco subiram em março de 2% acima do Índice de Preços do Varejo (RPI), até 7%.

Uma polêmica consulta está nos planos do governo questionando a possibilidade da obrigatoriedade dos fabricantes de empacotar os cigarros em maços sem rótulo. Caso essa pratica seja adotada, o Reino Unido será o primeiro país a ter essa lei. A ideia de proibir a exposição de maços de cigarros ao público partiu do governo anterior trabalhista. O projeto foi revisado pelo atual governo, sendo muito bem recebido pelo setor de saúde.

Para a diretora de comunicação da British Heart Foundation, Betty McBride, "as políticas efetivas que protegem as pessoas desse perigoso hábito podem, e já o fazem, salvar vidas" disse para a revista especializada The Lancet. "Os fumantes têm quase o dobro de probabilidades de sofrer um ataque ao coração do que aqueles que nunca tocaram em um cigarro", lembrou Betty.

Curiosamente, uma recente pesquisa do YouGov revela que 47% dos britânicos fumantes apoiam a nova norma, contra 38% que se opõe.


Proibir cigarro em locais públicos não aumenta fumo em casa

Um estudo feito em cinco países europeus (Irlanda, França, Alemanha, Holanda e Grã-Bretanha) mostrou que a proibição de tabagismo em locais públicos não fez com que as pessoas fumassem mais em casa. A pesquisa contou com a participação de 4.634 fumantes e foi feita em duas fases: antes e depois da legislação restritiva entrar em vigor.

Em vez de as pessoas fumarem mais em casa para compensar, muitas largaram o cigarro de vez. Na Irlanda, 25% dos entrevistados deixaram de fumar em casa após a implantação das leis. Na França a taxa foi de 17%, na Alemanha 38%, na Holanda 28% e na Grã-Bretanha 22%. Antes da proibição, a maioria dos fumantes já restringia o fumo em casa, principalmente aqueles que queriam parar de fumar ou que tinham acabado de ter um filho, por exemplo.

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