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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cannabis e humor

Cannabis e humor


Revista Brasileira de Psiquiatria

Rafael Faria SanchesI, II; João Mazzoncini de Azevedo MarquesI

IDepartamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil

IIInstituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (CNPq), Ribeirão Preto, SP, Brasil

IDepartamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil

IIInstituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (CNPq), Ribeirão Preto, SP, Brasil


Observam-se elevados índices de comorbidade entre abuso/dependência de cannabis e transtornos afetivos em estudos transversais e em amostras clínicas. Estudos longitudinais indicam que, em longo prazo, o uso mais intenso de cannabis está relacionado com um risco maior de desenvolvimento de doença bipolar e, talvez, depressão maior em indivíduos inicialmente sem quadros afetivos; porém, os mesmos não encontraram maior risco de uso de cannabis entre aqueles com mania ou depressão sem esta comorbidade. Outra importante observação é que o uso de substâncias psicoativas em bipolares pode estar associado a uma série de características negativas, como dificuldade na recuperação dos sintomas afetivos, maior número de internações, piora na adesão ao tratamento, risco aumentado de suicídio, agressividade e a uma pobre resposta ao lítio. Tratamentos psicossociais e farmacológicos são indicados para o manejo da comorbidade entre cannabis e transtornos afetivos.

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