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segunda-feira, 10 de junho de 2013

DELIRIUM TREMENS


 
 


O delirium tremens caracteriza-se por um quadro confusional agudo de natureza orgânica, flutuante e autolimitado Inicia-se cerca de 72 horas após a última dose e dura cerca de 2 a 6 dias.
 
É uma condição de urgência médica, associada a risco significativo de morte, porém, com opções rápidas e eficazes de tratamento.
O delirium tremens é uma complicação da síndrome de
abstinência do álcool (SAA). Desde modo, ele é invariavelmente acompanhado por sintomas de hiperatividade autonômica. Além disso, há associação com distúrbios do sono (insônia, agitação noturna), psicomotores (inquietação ou letargia) e emocionais (ansiedade, medo, depressão, irritabilidade, raiva, apatia).


QUADRO 2.7: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ESSENCIAIS DO DELIRIUM .

(1) Rebaixamento do nível de consciência
Prejuízo da capacidade de focar e manter a atenção
 
(2) Desorientação do tempo e espaço
Falsos reconhecimentos de locais e pessoas
 
(3) Distúrbios da representação
Alucinações visuais, auditivas e tateis
 
(4) Causa orgânica
Há sempre uma explicação fisiopatológica plausível
 
(5) Natureza flutuante do nível de consciência
Piora no fim do dia (sundowning)
(6) Curso autolimitado
Desaparecimento espontâneo dos sintomas
 
FONTE: APA. Practice guideline for the treatment of patients with delirium. NY: APA; 1999.


Delirium

 
 
: Rebaixamento do nível de consciência, levando a alterações cognitivas (desorientação temporo-espacial) e da representação (alucinações). Ele se desenvolve a partir de uma condição médica geral, de natureza orgânica.
 
A sintomatologia habitual, em graus variados de intensidade, caracteriza-se por estado confusional flutuante, com estreitamento do campo vivencial e marcado por desorientação
temporal e espacial, prejuízo da memória de fixação (fatos recentes), desagregação do pensamento, alucinações e delírios, que se somam aos sinais e sintomas de abstinência iniciais (tremor, inquietação/agitação psicomotora, insônia, sudorese, febre leve, taquicardia, excitação autonômica pronunciada,...).
O afeto é lábil, marcado por estados ansiedade e temor, podendo haver depressão, raiva, euforia ou apatia, com mudanças repentinas e imprevisíveis de um estado para o outro (labilidade afetiva).
O quadro alucinatório clássico é visual: insetos e pequenos animais, mas pode haver também formas táteis, com sensação de insetos e animais caminhando pelo corpo do paciente e formas auditivas, que vão de ruídos e sons primários a vozes de natureza persecutória. Os pacientes com quadros ilusionais tomam objetos por animais (p.e. o equipo do soro é uma cobra) e identificam pessoas erradamente (falsos reconhecimentos).
A reação afetiva à experiência alucinatória é congruente e geralmente marcada por ansiedade intensa (terror) e agitação.
Os delírios podem ser sistematizados ou não.
 


Diagnóstico diferencial
 
possui sempre uma base orgânica, ou seja, a história clínica, o exame físico, laboratorial e/ou de imagem são capazes de relacionar o delirium a uma condição médica geral

No caso da SAA, tais combinações devem ser sempre aventadas e investigadas. De maneira geral, todas as condições médicas capazes de causar delirium são complicações possíveis do uso prolongado e intenso do álcool ou da síndrome de abstinência do mesmo.

Apenas para citar alguns exemplos, o uso indevido de álcool está associado a quedas (TCE), doenças vasculares (hipertensão arterial, AVC, IAM) e convulsões. Há risco de hepatopatias (hepatite, esteatose, cirrose), endocrinopatias (pancreatite, pseudocushing, ...), infarto do miocárdio, neoplasias e hipotermia. A redução do consumo de alimentos


 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL

 

* Traumatismo cranio-encefálico (TCE)
* Convulsões
* Estado pós-ictal
* Doenças vasculares (p.e. encefalopatia hipertensiva)
* Doenças degenerativas

 

DISTÚRBIOS METABÓLICOS

 

* Insuficiência renal (p.e. uremia)
* Insuficiência hepática (p.e. encefalopatia hepática)
* Anemia
* Hipóxia
* Hipoglicemia
* Deficiência de tiamina (encefalopatia de Wernicke)
* Endocrinopatias
* Distúrbios hidroeletrolíticos
* Distúrbios do equilíbrio ácido-básico

 
 
DISTÚRBIOS CÁRDIO-PULMONARES

 

* Infarto do miocárdio
* Insuficiência cardíaca congestiva
* Arritmia cardíaca
* Choque
* Insuficiência respiratória

 

DOENÇAS SISTÊMICAS

 

* Infecções
* Neoplasias
* Trauma severo
* Privação sensorial
* Hipo / hipertermia
* Estados pós-operatórios

 

INTOXICAÇÃO OU ABSTINÊNCIA

 
* substâncias psicoativas
álcool, anfetaminas, canábis, cocaína, alucinógenos, inalantes, opióides, sedativos, hipnóticos e outros

* medicamentos
anestésicos, analgésicos, anti-asmáticos, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, anti-hipertensivos, alguns antibióticos, antiparkinsonianos, corticoesteróides, relaxantes musculares, imunossupressivos, lítio, anticolinérgicos.

 
* toxinas
anticolinesterase, insecticidas organofosforados, monóxido de carbono, dióxido de carbono, substâncias voláteis (solventes, gasolina,...)

Álcool e alcoolismo
Efeitos adversos ao sistema nervoso
Farmacológicos
Efeitos tóxicos diretos
Síndrome de abstinência
Déficit nutricional
Hepatopatias Traumatismo craniano
Outras causas


ESPECÍFICOS
 
Devem ser solicitados de acordo com a investigação clínica.

(1) Exames de sangue
 
* sorologia para sífilis
venereal disease research labortory - VDRL
* sorologia para HIV (ELISA)
* pesquisa de metais pesados
* pesquisa de medicamentos
* níveis séricos de B12, folatos
* células LE / anticorpos antinucleo (ANA)

(2) pesquisa de drogas psicotrópicas na urina
(3) Urocultura
(4) Hemocultura
(5) Punção lombar (líquor cefaloraquidiano)
(6) Tomografia computadorizada do cérebro
(7) Ressonância nuclear magnética do cérebro
(8) Eletroencefalograma
 
BÁSICOS
 
Devem ser solicitados para todos os pacientes com delirium.

(1) Exames de sangue
 
* hemograma completo
* sódio, potássio, cálcio e magnésio
* uréia / creatinina
* glicemia
* TGO / TGO / GGT
* bilirrubinas totais e frações
* albumina
* fosfatase alcalina

(2) Eletrocardiograma
(3) RX de tórax
(4) Urina I

QUADRO 2.10: CAUSAS REVERSÍVEIS DE
DELIRIUM QUE REQUEREM ATENÇÃO IMEDIATA.
 
HIPOGLICEMIA
Conduta:
Tiamina 100mg (EV) - antecedendo à glicose
Glicose 50% 50ml (EV)
 
HIPÓXIA
 
Diagnóstico:
 
Possui várias causas, tais como pneumonia, doenças pulmonares obstrutivas ou restritivas, cardiopatias,hipotensão severa, anemia, envenenamento por monóxido de carbono
 
Conduta:
 
Disponibilizar oxigênio imediatamente
Intervenção sobre a causa base

HIPERTERMIA

Diagnóstico:
Temperatura acima de 40,5°.

Conduta:
 
Resfriamento rápido.

 
ENCEFALOPATIA DE WERNICKE

Diagnóstico:
Pode ser confirmado ou presumido
 
Conduta:

Tiamina 100mg (EV), seguida de aplicações diárias por




via endovenosa, intramuscular ou oral

(vide a seção “síndrome de Wernicke - Korsakoff”).



DELIRIUM ANTICOLINÉRGICO



Uma causa de delirium freqüentemente não




diagnosticada.



Diagnóstico:




Confirmar a utilização terapêutica ou abusiva de

anticolinérgicos.



Conduta:




Suspender o fator causal

Em casos graves, considerar o uso de fisostigmina



Prevenção



No manejo da agitação e insônia da SAA / delirium

tremens evitar o uso de medicamentos com ação

anticolinérgica, tais como a prometazina, clorpromazina,

levomepromazina e tioridazina. Antidepressivos como

a amitriptilina (apesar de não indicada para estas




ocasiões) também possuem ação anticolinérgica

importante.




(quantitativa e qualitativamente) pode ocasionar deficiências

vitamínicas, anemias carenciais e hipoglicemia. Por fim, a

combinação entre hepatopatia e sub / desnutrição pode

prejudicar a eficácia do sistema imunológico, aumentando os

riscos de infecção.

Desde modo, considerando o usuário crônico de álcool, é



importante averiguar se além do delirium tremens, outras




complicações ocasionadas pelo consumo também estão



provocando alterações no funcionamento mental (figura 2.3).




Além da história clínica e do exame físico, exames laboratoriais



e de imagem podem ser úteis nesta etapa (quadro 2.9). Um





dos objetivos desta etapa é a descoberta de causas reversíveis

de delirium e a prevenção de complicações a partir do rápido

tratamento destes distúrbios. Os mais importantes são:

hipoglicemia, hipóxia / anóxia, hipertensão e deficiência de




tiamina (quadro 2.10).

Geralmente, os sintomas de delirium podem durar de alguns




dias a mais de dois meses. No caso da SAA complicada,

espera-se que o quadro não se arraste por mais de dez dias.

Assim, a permanência de sintomas após este período sugere

a presença de outra causa orgânica além da SAA.



Tratamento




O delirium tremens é indicação absoluta de internação. Os




pacientes devem passar pela mesma avaliação diagnóstica e

receber o mesmo tratamento suportivo não-farmacológico

descrito para os casos de SAA leve: permanência em ambiente

à meia-luz, desprovido de estímulos audio-visuais. Ao

entardecer ou em ambientes pouco iluminados, pode haver

piora do estado confusional, fenômeno conhecido por



sundowning. Em casos de agitação e confusão extremas é

necessário fazer a contenção mecânica (quadro 2.11), visando




à prevenção de auto / heteroagressividade.



As primeiras intervenções devem estar voltadas para as




condições agudas que normalmente acompanham os casos

graves de SAA / delirium tremens e são capazes de colocar a vida do paciente em risco. Muitas vezes, elas são

tratadas sintomaticamente, antes da determinação da etiologia específica e definitiva. É o caso das causas reversíveis



FONTE: APA. Practice guideline for the treatment of




patients with delirium. NY: APA; 1999.



CADERNOS DO AMBULATÓRIO DO QUINTO ANO 2005; 1(SUPL 1): 1 - 30. 21



de delirium citadas anteriormente (quadro 2.10). Além




das causas reversíveis de delirium, patologias primárias

ou secundárias à SAA, tais como hipertensão arterial

sistêmica (HAS), diabetes mellitus e infecções devem

receber as condutas indicadas para cada caso e situação.



No caso específico da hipoglicemia, vale relembrar que




a encefalopatia de Wernicke é uma contra-indicação à

administração de glicose. Por sua vez, a hipoglicemia

também provoca delirium, representa um risco de morte

considerável e por isso requerer aplicação imediata de

glicose. Para evitar que uma conduta atrapalhe a outra,

é importante descartar rapidamente a hipoglicemia

(ponta de dedo ou glicofita) e em caso positivo, aplicar

tiamina endovenosa antes da administração de glicose.



A segurança do paciente e daqueles que o cercam é




importante para o bom andamento do tratamento e para

a prevenção de acidentes e complicações. Deste modo,

o estado confusional deve ser bem avaliado e monitorado durante toda a internação. Além disso, condutas

desagregadas, agressivas e suicidas requerem algumas vezes restrição física, visando a salvaguardar a integridade



do paciente e de terceiros (quadro 2.11). Habitualmente, a fase inicial do tratamento acontece em salas de




emergência ou em enfermarias, onde o paciente já se encontrava por algum outro motivo. Em ambos os locais, o



médico muitas vezes não cosegue monitorar a evolução do delirium intensivamente. Por outro lado, quadro




confusional é oscilante e nos primeiros dias tende a piorar. Desse modo, a equipe de enfermagem deve estar bem

orientada na detecção de sinais e sintomas de piora, para que novas condutas médicas possam ser introduzidas

prontamente.



A família do paciente deve ser orientada acerca da natureza (orgânica, relacionada ao consumo crônico e intenso




de álcool) e evolução da doença (flutuante e autolimitada) e encorajada a assumir um papel atuante no tratamento

da dependência do mesmo após a alta. A sintomatologia intensa do delirium tremens costuma deixar a família e

amigos bastante impressionados. O uso de álcool, então, torna-se uma coisa ‘mais séria’, ‘digna de tratamento’ e

não apenas um ‘exercício de vagabundagem e fraqueza moral’. Por isso, a internação para o tratamento do

delirium se torna um bom momento para motivar a todos para o tratamento. Por fim, o paciente deve receber alta

com consulta ambulatorial marcada para o tratamento da dependência do álcool.



A farmacoterapia do tratamento do delirium tremens tem dois objetivos principais: [1] o tratamento da hiperatividade

glutamatérgica, desencadeadora do quadro autonômico e [2] o manejo da inquietação e dos sintomas psicóticos. A




encefalopatia de Wernicke é um diagnóstico presumido e será tratada mesmo com a presença de apenas um dos

sintomas da tríade. Convulsões devem ser tratadas de acordo com as condutas expostas anteriormente.



FONTE: Laranjeira R, Nicastri S, Jerônimo C, Marques ACPR.




Consenso sobre síndrome de abstinência do álcool e seu

tratamento. Rev. Bras. Psiquiatr 2000; 22(2): 62-71.



QUADRO 2.11: A CONTENÇÃO FÍSICA.




Os pacientes agitados e violentos devem ser contidos, se

não forem suscetíveis à intervenção verbal. A contenção

deve ser feita por uma equipe treinada, preferivelmente com

quatro ou cinco pessoas. É muito importante explicar ao

paciente o motivo da contenção.

Os pacientes devem ser contidos com as pernas bem

afastadas e com um braço preso em um lado e o outro preso

sobre a sua cabeça. A contenção deve ser feita de modo que

as medicações possam ser administradas. A cabeça do

paciente deve estar levemente levantada para diminuir a

sensação de vulnerabilidade e reduzir a possibilidade de

aspiração.

A contenção deve ser removida, uma de cada vez a cada

cinco minutos, assim que o paciente seja medicado e

apresente melhora do quadro de agitação. Todo o

procedimento deve ser documentado em prontuário.



22 CADERNOS DO AMBULATÓRIO DO QUINTO ANO 2005; 1(SUPL 1): 1 - 30.



Os benzodiazepínicos (BDZ), por sua

tolerância cruzada com o álcool (figura 1.4)




são o tratamento de escolha. Além disso,

sua ação relaxante muscular, ansiolítica e

anticonvulsivante alivia sintomas e previne

complicações.

Devido a intensidade do quadro autonômico



presente nas SAA (com ou sem delirium),




faz necessária uma sedação rápida e

intensa. A via oral deve ser

preferencialmente escolhida. Quando a via

endovenosa for a única possível, deve-se

evitar a administração no soro fisiológico

ou glicosado, pois a estabilidade dos BDZ

nessas soluções é pobre. A melhor

alternativa é a via endovenosa direta, com

administração lenta (5mg de diazepam a

cada 2 minutos), para evitar o risco de

parada respiratória.

O tratamento com BDZ se incia com uma

dose de 20mg de diazepam, seguida por suplementações de 10mg até a sedação leve. Habitualmente, doses entre

80 e 120mg são suficentes para tal propósito. No entanto, doses acima de 300mg de diazepam podem ser atingidas

em pacientes com quadros mais graves e floridos. A velocidade da administração deve ser espaçada em pacientes

com complicações hepáticas ou renais. Quando a dose de sedação estável é atingida, a mesma deve ser fracionada

em quatro ou mais tomadas diárias e retirada ao longo de 7 - 10 dias (cerca de 20% ao dia).



Os antipsicóticos ou neurolépticos podem ser utilizados para melhorar a agitação psicomotora e os sintomas




psicóticos. Além disso, a associação entre neurolépticos e BDZ diminui a dose administrada deste último (menos



efeitos colaterais) e diminui o tempo de duração do delirium. Os neurolépticos clorpromazina e levomepromazina,




apesar de mais sedativos, diminuem significativamente o limiar convulsivo e possuem propriedades anticolinérgicas

(risco de delirium colinérgico). Dest e modo, estão contra-indicados nessa situação. A conduta neuroléptica de

escolha nesse caso é a aplicação de haloperidol. Nos países europeus e nos Estados Unidos há o hábito de

administrá-los por via endovenosa: 3mg de haloperidol e 0,5 - 1,0mg de lorazepam, com doses adicionais a cada

vinte minutos, até o desaparecimento dos sintomas. No Brasil, a via intramuscular é a mais utilizada: 5mg de

haloperidol, repetindo a aplicação a cada hora, até o controle dos sintomas (máximo de 20mg). O limite de dose,

aqui, visa à prevenção de complicações como distonia aguda, parkinsonismo, acatisia e síndrome neuroléptica

maligna, não havendo risco de overdose. A continuação do tratamento deve ser avaliado diariamente e pode ser

suspenso tão logo os sintomas desapareçam e a dose de BDZ esteja bem estabilizada.



QUADRO 2.12: PRESCRIÇÃO PARA PACIENTES COM SAA

COMPLICADA POR DELIRIUM TREMENS.

1. Jejum / Dieta leve (1)

2. Soro fisiológico 0,9% 500ml (EV) 8/8h (2)

Complexo B 1 ampola

3. Diazepam 10 mg (VO) (3)




2 comprimido no início da administração, seguidos por

1 comprimido de 30 / 30’ até a sedação leve.

A dose total deve ser fracionada em quadro ou mais doses.

Diminuir 20% da dose diariamente até a suspensão da mesma.



4. Tiamina 100mg (IM) (4)




1 ampola por 7 - 10 dias



A partir do 8 - 11° dia: 1 cp de 300mg (VO) às refeições

5. Magnésio 50% (IM)




1 ampola de 2ml - se houver hipomagnesemia



6. Haloperidol 5 mg (IM) (5)




1 ampola em caso de agitação psicomotora



7. Propiciar um ambiente calmo, confortável, com pouca




estimulação de luz e som.




FONTE: Laranjeira R, Jerônimo C, Marques ACPR et al. Consenso sobre a




SAA e seu tratamento. Rev Bras Psiquiatr 2000; 22(2): 62-71.



(1) Dependendo do nível de consciência e da sedação.

(2) Nível basal de reposição. Considerar e repor perdas hídricas, tais como as




resultante da sudorese, da diarréia, ... Corrigir (se houver) os distúrbios

hidro-eletrolícos, após a chegda dos exames laboratoriais.



(3) A prescrição de BDZ depende da gravidade dos sintomas. A presença de sintomas




ou de sedação são os parâmetros para o aumento ou diminuição da dose. Assim

que se encontrar uma dose estável, ou seja, aquela que elimina todos os sintomas

sem sedar o paciente, a mesma deve ser descontinuada ao longo de 7 a10 dias. A



prescrição de clordiazepóxido ou lorazepam deve ser feita na dose-equivalência de

diazepam prescrita (quadro 11).

(4) Administração EV na vigência da tríade (quadro 2.5).

(5) Repetir a administração a cada hora, caso a agitação persista (máximo: 20mg).





CADERNOS DO AMBULATÓRIO DO QUINTO ANO 2005; 1(SUPL 1): 1 - 30. 23



Alguns serviços utilizam bloqueadores beta-adrenérgicos (atenolol, propanolol) e agonista alfa2-adrenérgicos

(clonidina) para diminuir a taquicardia, a sudorese e oa tremores observados na síndrome de abstinência. Não há,

porém, consenso, tampouco protocolos específicos que justifiquem tal procedimento de rotina, ficando a indicação

para situações em que o clínico julge essencial o controle de tais sinais e sintomas.



 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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