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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seminário Internacional sobre pesquisa e assistência a filhos e familiares de dependentes químicos

A Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto por meio do Programa de Pós-graduação em Enfermagem Psiquiátrica promove o Seminário Internacional sobre pesquisa e assistência a filhos e familiares de dependentes químicos.

O evento contará com a presença de profissionais da área de Psicologia que atuam diretamente com familiares e filhos de dependentes e a palestra de Jerry Moe, Vice presidente do Betty Ford Center, instituição que atende dependentes de álcool e drogas, além de oferecer programas específicos para filhos de dependentes. Moe também é conselheiro da Nacoa (National Association for Children of Alcoholics) – Associação Nacional para Filhos de Alcoolistas e Dependentes Químicos. (site EUA – http://www.nacoa.org e no Brasil iniciou as atividades recentemente http://www.nacoa.com.br)

No Brasil milhões de jovens e crianças convivem com um dependente e há uma carência em relação a rede de atendimento a esse público que tem maiores chances de vir a se tornar dependente.

Os efeitos negativos que podem atingir jovens e crianças que convivem com um dependente são fartamente documentados na literatura científica. Veja abaixo algumas das possíveis consequências:

Famílias atingidas pelo problema da dependência reportam níveis maiores de conflito em relação a familias que não tem o problema.

Filhos de dependentes exibem sintomas de depressão e ansiedade em maior número quando comparados com filhos da população em geral.

Pesquisas na área comportamental demonstraram que filhos de dependentes apresentam os seguintes problemas: falta de empatia com outras pessoas, baixa adequação social, baixa auto-estima em número maior quando comparados com a população em geral.

Filhos de dependentes podem ser beneficiados com a presença de adultos que estejam disponíveis para ajudar. Os filhos de dependentes que lideram de forma mais efetiva com o trauma de crescer em um lar alcoólico geralmente são aqueles que puderam contar um pai ou mãe não alcoolista, algum parente próximo, professores e outros.

Programação do evento em  http://nacoa.com.br/uncategorized/seminario-internacional-filhos-alcoolistas-dependentes-quimicos

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Blitz antiálcool para menores aplica multa de R$ 2,6 mil em Bar na Rua Augusta em SP

Rafael Oliveira - G1 São Paulo

A blitz contra a venda de bebida alcoólica a menores e a presença de menores bebendo aplicou a primeira multa a um estabelecimento comercial em São Paulo à 1h30 deste sábado (19).

Um bar da Rua Augusta, região central da capital, foi autuado pela Vigilância Sanitária do Estado por misturar em uma geladeira que fica à disposição dos clientes garrafas e latas de bebidas alcoólicas com refrigerantes, sucos e águas. Segundo a nova lei, é obrigatório manter os produtos alcoólicos em locais separados dos não alcoólicos.


A dona do estabelecimento, Risalva Silva Cruz, disse que não tinha conhecimento total das novas regras. "Eu soube que a bebida alcoólica pode estar na geladeira com o refrigerante, mas que nenhum cliente poderia abrir a geladeira, e sim a gente ir até a geladeira e tirar a bebida", disse. O valor da multa aplicada, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, é de R$ 2,6 mil.

O governador Geraldo Alckmin esteve na região da Rua Augusta momentos antes do início das fiscalizações. Para ele, a adesão dos comercianter será rápida e o foco é prevenir um problema de saúde pública no estado. "Eu acho que rapidamente os comerciantes vão ficar atentos. O objetivo da lei representa menos acidentes, menos perdas de vidas, e isso vai expor menos os jovem a outras drogas, ao risco de dependência química", afirmou.

O estabelecimento que descumprir a lei e for autuado duas vezes tem que fechar as portas por 15 dias. Na terceira vez, a punição é maior: não pode funcionar por 30 dias. Na quarta, o local será fechado e o dono perderá a licença. As multas vão de R$ 1.745 a R$ 87.250.

A nova lei também já causou mudança no comportamento de alguns comércios. Preocupado com o bem-estar dos clientes, o dono de uma pizzaria treinou seus funcionários para agirem corretamente durante uma eventual abordagem para solicitar a identidade.

A lei já existia e era proibido vender bebida para um menor de idade. A diferença é que ela ficou mais rigorosa. Por exemplo: se um menor comprar ou consumir bebida alcoólica em um estabelecimento, mesmo que ela tenha sido comprada por um adulto, o proprietário do lugar será responsabilizado.


Cerca de 200 fiscais participaram das blitzes na região metropolitana de São Paulo. Outros 300 agentes também vistoriaram estabelecimentos em todo o Estado. O objetivo do governo é treinar mais 4 mil fiscais durante o ano que vem.

Até sexta-feira (18), o trabalho era de orientação. Os agentes explicaram o que podia e o que não podia no comércio de bebidas alcoólicas. Entre os estabelecimentos estão os bares, restaurantes, postos de gasolina, padarias e supermercado.

Quem souber de algum lugar que venda ou permita o consumo de bebida alcoólica por menores pode ligar no: 0800 771 3541.

Fumar Maconha Encolhe O Cérebro

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Fran Lowry

11 nov 2011 – O consumo de maconha pode levar a uma perda de volume cerebral em indivíduos em risco de desenvolver esquizofrenia.

"Já é aceito pela maioria dos psiquiatras que fumar maconha aumenta o risco de psicose no indivíduo, e mais especificamente a esquizofrenia", disse o autor Killian A. Welch, MD, da Universidade de Edimburgo, Royal Edinburgh Hospital, Reino Unido, ao Medscape Medical News .

"Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia são particularmente vulneráveis ​​aos efeitos psicotomiméticos da droga, e têm uma probabilidade de risco mais elevado de desenvolver esquizofrenia, particularmente se consumirem cannabis", disse ele. "No entanto, ainda não está claro como a cannabis afeta o cérebro para resultar no aumento do risco."

O estudo foi publicado na edição de novembro do British Journal of Psychiatry.


Dr. Welch e colegas compararam as mudanças estruturais no tálamo e na amígdala-hipocampo ao longo do tempo em 57 pessoas com idade entre 16 e 25 anos que estavam bem, mas que tinham um forte histórico familiar de esquizofrenia.

Cada uma das pessoas passou por uma avaliação completa, incluindo um exame de ressonância magnética. Dois anos mais tarde, cada um deles retornou para outra ressonância magnéticva e responderam a perguntas sobre o uso de drogas ilícitas, inclusive a maconha, bem como seu uso de álcool e tabaco no período entre os exames.

Dos 57 participantes, 25 tinham usado maconha entre as duas avaliações.

Os pesquisadores descobriram que os participantes que tinham usado maconha mostraram redução do seu volume talâmico que foi significativo no lado esquerdo do tálamo (F = 4,47, P = 0,04), e altamente significativos à direita (F = 7,66; P = 0,008). No entanto não se observou nenhuma perda de volume do tálamo naqueles que não fizeram uso de maconha durante o período de 2 anos.

Alguns dos participantes que usaram maconha também fizeram uso de outras drogas como ecstasy e anfetaminas. Feito o controle sobre o uso dessas drogas, os resultados mantiveram-se significativos.

"Este é o primeiro estudo longitudinal a mostrar que o consumo de cannabis por indivíduos com risco aumentado de esquizofrenia resulta em em desenvolvimento cérebral de maneira diferente daquela como se desenvolve se não usar a droga," observou o Dr. Welch.

"Estas são pessoas que estão bem, não são psicóticos, em quem o uso da droga está associado à perda de volume em uma estrutura cerebral crítica. A explicação mais provável para isso, claramente, é que a exposição ao cannabis está causando essas anormalidades de desenvolvimento do cérebro ", disse ele.

O tálamo é uma estrutura cerebral muito importante, que age como um processador de informações e como estação de retransmissão para o cérebro, acrescentou ele. "Dado esse papel de interligação entre as diversas regiões do cérebro, qualquer coisa que afete sua estrutura e, supõe-se conseqüentemente, a sua função, seria de se esperar por consequências generalizadas e potencialmente devastadoras."

O Dr. Welch alertou que essas descobertas não devem ser mal interpretadas para sugerir que o uso da maconha é seguro quando não se tem história familiar desse tipo. No entanto, "parece seguro dizer que se você tem um tal cenário, você deva ser particularmente cauteloso com uso de drogas", disse ele.

Jean Bidlack, PhD, Professora de Farmacologia da Paul Stark School of Medicine and Dentistry da Universidade de Rochester, em Nova York, disse à Medscape Medical News que o estudo realizado pelo Dr. Welch e colegas acrescenta algo útil para o que já era conhecido sobre o assunto.

"Este é o primeiro estudo a mostrar uma associação entre uma diminuição no volume do tálamo e o uso de maconha em pessoas atualmente não afetadas mas que estejam em risco elevado de desenvolver esquizofrenia, devido ao histórico familiar", disse a Dra. Bidlack. "A diminuição do volume do tálamo tem sido associada à psicose e à esquizofrenia. O tálamo tem um alto nível de receptores de canabinóides, que ligam o ingrediente ativo da maconha e podem contribuir para a diminuição do volume do tálamo", explicou .
Esta pesquisa começa a explicar a ligação entre o uso da maconha e o desenvolvimento de esquizofrenia neste grupo de alto risco, disse ela.

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     Como maconha afeta memória de curto prazo

A maconha inunda o cérebro com uma série de substâncias químicas que imitam um de seus próprios sistemas de sinalização, levando a mudanças na memória e no humor.

O THC não age, como poderia ser esperado, nos neurônios do cérebro, mas numa célula do cérebro chamada de astrócito.

 Nós podemos achar um jeito de lidar com problemas de memória de trabalho na doença de Alzheimer - disse ele.

Quando alguém está usando maconha, em alguns casos, você acha que esta pessoa não conseguirá sequer lembrar do início de uma frase quando chegar ao fim dela.